A WTorre, responsável pela construção e administração da arena do Palmeiras mesmo antes de inaugurar o estádio, já não aprova a ideia de retirar as cadeiras dos setores mais populares para satisfazer o desejo de suas torcidas organizadas.
Esse ato vem somente em resposta ao que fez o Corinthians, quando retirou de seu estádio as cadeiras nos setores da arquibancada onde ficam as torcidas organizadas e no espaço destinado aos torcedores visitantes. A medida, ao contrário do Grêmio que atendeu a uma solicitação de uma torcida organizada, não visa atender a pedidos, mas sim preservar o seu próprio patrimônio. Desde que o estádio foi inaugurado essas cadeiras vem sendo sistematicamente destruidas nesses setores. Só na abertura do estádio, em um evento FIFA, 217 cadeiras foram danificadas, sendo 55 no setor das organizadas. Os números por sí apesar de serem desencontrados, tornam a ação tomada pelo time paulista como uma resposta as atitudes dos torcedores e não visa o atendimento de qualquer pedido.
Vale ressaltar que cadeiras quebrdas em estádios de futebol não é algo que simples de resolver, nem é uma prerrogativa única do Estádio do Corinthians, como uma parte da crônica, sobretudo a Paulistana, quer fazer com que acreditamos.
Recentemente o Mineirão teve suas cadeiras quebradas no clássico. A Arena das Dunas também teve problemas regiatrados no jogo entre ABC e Vasco, válido pela série B do Brasileirão, além da Arena Fonte Nova, em um clássico Ba-Vi. No Morumbi, a situação não é diferente, com cadeiras e banheiros quebrados em clássicos pela torcida visitante e no Pacaembú tivemos recentemente um episódio com a torcidas depredando cadeiras.
Esse problema se encontra presente então em todo o país e não é restrito a arenas, como quer insinuar parte da crônica paulista. Para resolvê-lo não bastam somentes ações repressivas, mas vontade geral de combater o problema. Esse é um problema que atinge a todos os estádios e a todas as torcidas. Os torcedores que frequentam as áreas mais populares dos estádios, em geral assistem os jogos de pé e os que frequentam os jogos clássicos nos espaços destinados aos visitantes, ou são de uniformizadas, onde impera a intolerãncia entre os rivais ou então são de tal maneira maltratados que respondem com a depredação.
Não adianta o clube desligar as luzes do estádio em um jogo as dez da noite logo após o seu término ou desligar a água nos banheiros no lado dos visitantes e esperar um comportamento exemplar da torcida.
O problema tem que ser dimensionado e tratado de maneira adequada, olhando para um todo e não somente para o visual do Estádio em Itaquera ou o conceito de conforto nas novas arenas.
Senão vira papo de bar... comum hoje em programas esportivos.
Marcelo Alves Bellotti
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