A seleção Brasileira de futebol jogou na última semana no estádio AFG Arena, na Suíça contra a equipe da Bósnia. O estádio pertence ao St. Gallen F.C. que disputa a segunda divisão do Campeonato Suíço e tem capacidade para 19.500 pessoas.
É difícil saber o que leva a Confederação Brasileira de Futebol a realizar os seus jogos nessas condições. Cada vez mais a reflexão de que esse tipo de análise deve ser feita a luz do atendimento aos interesses dos organizadores do evento "seleção Brasileira".
Há alguns anos, a UEFA desobrigou aos clubes europeus o cumprimento das liberações dos seus jogadores em datas FIFA na America do Sul, evitando grandes viagens e desgastes dos seus jogadores. Isso inviabilizou os jogos da Seleção Brasileira em seu próprio país.
Porém o que vemos hoje é um completo absurdo. Quando a seleção joga por aqui, há uma farra do poder público na divisão dos ingressos, além dos preços abusivos. A seleção há tempos não empolga pelas suas atuações.
Mas a CBF não reclama. O evento "jogo do Brasil" é vendido mundialmente a um preço muito bom, a empresa é coroada de lucros incríveis e os jogos são acompanhados ao vivo por grande parte do mundo da bola, com grande interesse.
Voltamos a reflexão de que para definirmos o sucesso ou não de um evento, temos que perceber para quem ele é feito. Tanto o evento "Copa do Mundo" quanto o evento "jogos da seleção" não são feitos para o público brasileiro que normalmente vai ao estádio. Esses eventos são para as grandes redes e corporações mundiais que pagam verdadeiras fortunas para receber a equipe pentacampeã mundial.
Se olharmos nesse ponto de vista, o evento tem sido um sucesso. Justamente por esse ponto de vista que é um grande erro comparar o que normalmente é feito no país com seus estádio, etc, etc. com o que será feito no evento "Copa de 2014". Não sei se o evento será um sucesso, mas que sua organização nada tem a ver com o que está sendo visto hoje nos campeonatos regionais, isso eu tenho certeza.
Isso faz com que o evento deixe de ser a "seleção Brasileira" e hoje ele é visto como "O time do Mano" ou ainda "a seleção da CBF". Como o evento não é feito para os brasileiros, sobretudo os que frequentam os estádios, o time perde a identificação com a torcida local. Hoje o evento é tratado como sub evento pela imprensa esportiva brasileira (com justa razão), com jogos na Europa e em horários alternativos, a seleção Brasileira hoje faz verdadeiros "jogos secretos". A única diferença desses jogos para o futebol alternativo das diversas divisões no Interior do Brasil talvez seja a narração do Galvão Bueno.
Isso faz com que o evento deixe de ser a "seleção Brasileira" e hoje ele é visto como "O time do Mano" ou ainda "a seleção da CBF". Como o evento não é feito para os brasileiros, sobretudo os que frequentam os estádios, o time perde a identificação com a torcida local. Hoje o evento é tratado como sub evento pela imprensa esportiva brasileira (com justa razão), com jogos na Europa e em horários alternativos, a seleção Brasileira hoje faz verdadeiros "jogos secretos". A única diferença desses jogos para o futebol alternativo das diversas divisões no Interior do Brasil talvez seja a narração do Galvão Bueno.
Marcelo Alves Bellotti
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