O futebol tem servido para que os grupos de jovens demonstrem toda a intolerância com as minorias e todo o preconceito existente na sociedade brasileira. Os jovens sempre tiveram uma coragem para se expressar e, historicamente teve participação fundamental nos movimentos sociais no país.
Porém hoje a preocupação social do Brasil hoje não parece estar ligada a movimentos sociais. Cada vez mais a sociedade tem demonstrado sua preocupação individual e parece estar pouco preocupada com que fazem os políticos, por exemplo.
Esse é o espaço preferido para as manifestações dos jovens. Seja para o lado "nobre" com os movimentos sociais contra a classe política, má distribuição de renda, ou seja para demonstrar toda a intolerância da sociedade.
E o futebol parece estar inserido nesse contexto. Na última semana em Campinas, em um derby válido por categorias inferiores, houve um confronto recheado de intolerância entre dois grupos rivais na cidade. Esse confronto levou a morte de uma pessoa.
Hoje acontece um novo derby na cidade, agora válido pelo Campeonato Paulista. Ponte Preta e Guarani se enfrentam no Majestoso. Gostaria de contar histórias deliciosas sobre o clássico, destacar o que representam Ponte Preta e Guarani para o crescimento de Campinas e do futebol da região, mas não tem como. No Blog do Ari, a manifestação do internauta Fernando Braga me motivou a escrever sobre isso e pedir um derby sem violência, no ano do seu centenário.
O derby de hoje não irá movimentar a sociedade campineira, mas sim as autoridades, com medo de um novo confronto que pode ter consequências desastrosas.
O fenômeno da intolerância no futebol é mundial. Assistimos mostras de manifestações racistas, homofóbicas e de intolerância em todas as partes do mundo. O Brasil basicamente está inserido nesse contexto. O que diferencia as nações nesse contexto é a reação do Estado. Não somente em repressão, mas com todo um conjunto de Leis e educação. Ha lugares onde temos essa prevenção, há lugares que não. Veremos a reação da Federação Paulista de Futebol, do Estado e da sociedade.
Marcelo Alves Bellotti
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