Saiu a indicação dos melhores do mundo da FIFA. São ao todo 23 indicações de jogadores e 10 indicações para técnicos. A distribuição, sem dúvida meritória para as indicações, se mostrou essencialmente política e determinam como se comporta o mapa político do futebol no mundo. A indicação é feita em parceria com a revista francesa France Football.
Façamos uma análise das indicações começando com os técnicos. Temos como indicados dois técnicos de seleções (Brasil e Espanha), três técnicos de times ingleses, dois de equipes alemãs, dois de times italianos e apenas um de time espanhol. Isso mostra que o investimento tanto nos clubes quanto nas ligas supera em certos casos a competência técnica. Hoje ouvi o Paulo Vinicius Coelho na ESPN dizer que não há motivos que justifiquem a indicação do Frances Arsène Wenger, técnico do Arsenal que não conquista nada desde 2005. A parte disso tem um técnico Brasileiro que conquistou um torneio oficial da FIFA e outro brasileiro que ganhou um torneio da Conmebol.
Obviamente são critérios políticos, como também disse o PVC, hoje em dia comentam-se as contratações do Arsenal em rodas de pubs ingleses, em happy hours em São Paulo ou em um bar em Nova York. É natural que pela exposição, os indicados estejam em ligas, mas "visíveis" e com um potencial investimento financeiro muito maior.
Alex Ferguson (Escócia/ex-Manchester United)
Antonio Conte (Itália/Juventus)
Arsène Wenger (França/Arsenal)
Carlo Ancelotti (Itália/Paris Saint-Germain e Real Madrid)
José Mourinho (Portugal/Real Madrid e Chelsea)
Jupp Heynckes (Alemanha/ex-Bayern de Munique)
Jürgen Klopp (Alemanha/Borussia Dortmund)
Luiz Felipe Scolari (Brasil/seleção brasileira)
Rafael Benítez (Espanha/Chelsea e Napoli)
Vicente Del Bosque (Espanha/seleção espanhola)
Na relação dos jogadores, o mapa político mostra seis jogadores do Bayern Munique, quatro jogadores do Barcelona, três do PSG e dois do Real Madrid. Mônaco, Manchester United, Manchester City, Liverpool, Juventus, Chelsea, Borussia e Arsenal completam a lista com uma indicação cada.
Quando analisamos a nacionalidade dos melhores do mundo, temos as diferenças acentuadas. Enquanto a Espanha com dois times indicam seis jogadores, o país tem apenas dois indicados ao prêmio. O destaque na Europa são as indicações dos Alemães. No total são cinco indicações sendo que quatro jogam no Bayern e um joga na Inglaterra. Na América do Sul, destaque para dois brasileiros e dois uruguaios. Apenas Messi representa a Argentina e Falcão representa a Colômbia. Yaya Touré aparece como o único representante africano da relação.
São critérios... Não vejo méritos nas indicações de Hazard ou Pirlo, acho deprimente pensar em um zagueiro como o melhor jogador do mundo ou mesmo um goleiro. Ao virar as costas para ligas importantes no mundo como às da Américas ou na Ásia, ou mesmo do Leste Europeu, a relação abre espaço para quem evita a principal razão de existência do futebol, o gol.
Alemanha
Bastian Schweinsteiger (Bayern de Munique-ALE)
Manuel Neuer (Bayern de Munique-ALE)
Mesut Özil (Arsenal-ING)
Philipp Lahm (Bayern de Munique-ALE)
Thomas Müller (Bayern de Munique-ALE)
Bélgica
Eden Hazard (Chelsea-ING)
Espanha
Andrés Iniesta (Barcelona-ESP)
Xavi (Barcelona-ESP)
França
Franck Ribéry (Bayern de Munique-ALE)
Holanda
Arjen Robben (Bayern de Munique-ALE)
Robin Van Persie (Manchester United-ING)
Itália
Andrea Pirlo (Juventus-ITA)
País de Gales
Gareth Bale (Real Madrid-ESP)
Polônia
Robert Lewandowski (Borussia Dortmund-ALE)
Portugal
Cristiano Ronaldo (Real Madrid-ESP)
Suécia
Zlatan Ibrahimovic (PSG-FRA)
AMERICA DO SUL
Argentina
Lionel Messi (Barcelona-ESP)
Brasil
Neymar (Barcelona-ESP)
Thiago Silva (PSG-FRA)
Colômbia
Radamel Falcao (Monaco-FRA)
Uruguai
Edinson Cavani (PSG-FRA)
Luis Suárez (Liverpool-ING)
ÁFRICA
Costa do Marfim
Yaya Touré (Manchester City-ING)
Marcelo Alves Bellotti
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