Tenho ouvido com atenção tudo o que está sendo dito e escrito com relação a Paulo Henrique Lima, atleta do Santos conhecido como Ganso cujos empresários vivem às turras com os dirigentes santistas.
Futebol é paixão. Essa máxima faz com que qualquer palavra dita por qualquer dos lados seja estopim para uma grande crise... PH Ganso declarou, acerca do interesse do São Paulo: "Seria um prazer (defender o time são-paulino), mas tenho a consciência de que eu tenho contrato com o Santos". Após a declaração, a resposta santista (em nota oficial, divulgada em seu site): "Em nome de sua torcida apaixonada, o Santos FC também lamenta as declarações do atleta de que ‘gostaria de vestir a camisa do São Paulo"
Uma demonstração explícita de intolerância... o pior vem por parte da Crônica Esportiva, que cobra fortemente uma posição clara do atleta, se quer ficar no Santos ou jogar no São Paulo.
Isso foi o que as duas partes deixaram transparecer na Imprensa. Ao analisarmos o caso com um pouco de paciência, veremos que a briga envolve muito mais do que as declarações infelizes do Ganso. O interesse é da atual diretoria do Santos contra um grupo empresarial que há algum tempo atrás, financiou a base santista e teve como garantia o direito sobre alguns jogadores.
Esse grupo empresarial há algum tempo teve o seu interesse contrariado na renovação do contrato de Neymar e agora tenta a qualquer custo tirar o seus atletas da Administração da atual diretoria do Santos.
Existem muitos conflitos de interesses na relação entre Santos Futebol Clube e o grupo que representa alguns jogadores da base santista. O curioso é que a crônica esportiva "compra" essa briga e exige do pobre menino que ele decida onde quer jogar. Perguntas pertinentes são colocadas a todo o momento ao garoto que sempre tem a mesma postura... "Se termino o Brasileiro aqui? Eu tenho contrato com o Santos..."
A ele cabe cumprir o contrato, coisa que ele faz bem. O que acontece fora das quatro linhas pertence ao grupo proprietário dos seus direitos federativos e a diretoria do Santos... Eles que se rachem e deixem o menino em paz. Aí vem o Mano e para de convocá-lo...
Nunca vi tanta insensatez reunida. Enfim...
Marcelo Alves Bellotti