O time de Piracicaba teve destaque nos Campeonatos do Interior que se seguiram até a chegada do profissionalismo. Com isso foi criada a Lei do Acesso que promovia a união das várias ligas existentes no estado. Em 1948 foi disputado o primeiro torneio de acesso, envolvendo 42 equipes em três séries de 14 times.
As finais foram disputadas XV, Rio Pardo e Linense e destacou o time Piracicabano como o primeiro campeão da Lei de Acesso de São Paulo, após uma vitória no Pacaembu sobre o time do Linense pelo placar de 5 a 1.
No profissionalismo se destaca a grande campanha de 1976, que levou o time do então presidente Romeu Ítalo Rípoli ao vice campeonato Paulista, com nomes como Nardela e Perrela. O presidente Rípoli é um caso a parte. Apaixonado pelo XV, em 1964 levou o time piracicabano a uma excursão pela Europa e Ásia, quando na época, somente os grandes times brasileiros excursionavam. O time visitou a Polônia, Suécia, Alemanha Ocidental e Oriental, Dinamarca e União Soviética.
O time manda seus jogos no Estádio Municipal Barão de Serra Negra. O nome foi dado em homenagem a Francisco José da Conceição, cidadão ilustre da cidade.
O mascote é algo especial. O time é conhecido como Nhô Quim, representa mais do que o time, mas é o símbolo do Piracicabano. Conta a história que Edson Rontani criou o desenho do caipira piracicabano em 1949 para a estréia do time na elite paulista. A equipe da Gazeta Esportiva, comandada pelo brilhante Thomas Mazzoni pegou a charge. Coube a Rocha Netto batizá-lo de Nho Quim e Nino Borges copiou os seus traços.
Nas décadas de 90 e de 2000, o time Piracicabano viveu uma crise que parecia interminável, frutos de parcerias desastrosas e de erros de administração de seus dirigentes, que levou o time a série A3 e durante um bom tempo fez do XV um sinônimo de derrotas e fracassos, sendo citado de maneira desrespeitosa pelos cronistas da época.
Mesmo assim, sem apoio municipal, sem dinheiro e sem parceiros o time continuou as suas atividades, graças ao empenho e a vontade popular de ter um time representando o profissionalismo, o time do XV enfrentou a crise sem pedir licença a FPF, sem cogitar uma mudança de sede ou qualquer outra ideia mirabolante que hoje em dia assombram os times das cidades desse interior Paulista.
O time aos poucos se reergueu, recorrendo sempre a sua Base, solução básica e somente adotada infelizmente quando não há mais outras. Uma vontade política e um bom investimento, somado a pessoas interessadas no crescimento do time fizeram com que o XV obtivesse dois acessos consecutivos em 2010 e 2011, chegando a primeira divisão.
A campanha foi difícil esse ano, mas o principal (o não rebaixamento para a série A2) objetivo foi atingido. Sem perder as suas origens, o Piracicabano decreta "VORTEMOS E FIQUEMOS!!!" e entoam os gritos de sua torcida...
Conquistas
1914,1920,1922,1930,1931,1933,1934,1937,1940,1944,1945,1946 - Campeão Piracicabano
1920,1922,1930,1931,1933,1934,1937,1942,1946 - Campeão Regional
1931 - Campeão Interior
1942 - Campeão Torneio Relâmpago da Cidade
1947 - Campeão do Campeonato Profissional do Interior
1948 - Bi-campeão do Campeonato Profissional do Interior (Acesso)
1949 - Campeão do Torneio Início da Federação Paulista de Futebol
1967 - Campeão do Campeonato Paulista Série A2 e detentor da Taça dos Invictos, com 25 jogos sem derrotas
1969 - Campeão do Torneio Brasil Central
1975 - Campeão do Torneio José Ermírio de Moraes Filho
1976 - Vice-campeão do Campeonato Paulista Série A1
1983 - Campeão Paulista Série A2
1984 - Campeão do Torneio Ray-O-Vac
1990 - Campeão do Troféu Ricardo Teixeira
1995 - Campeão Brasileiro da Série C
2008 - Vice-campeão Copa Paulista de Futebol
2011 - Campeão do Campeonato Paulista Série A2
Marcelo Alves Bellotti
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